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A relação entre a Quimioterapia e a Queda de Cabelo

Mulher com câncer segurando a mãe de enfermeiro

Quimioterapia e queda de cabelo têm relação direta, mas já existem técnicas disponíveis para reduzir a perda capilar durante esse tipo de terapia oncológica.

A relação entre quimioterapia e queda de cabelo é bastante estudada, de forma que, atualmente, já existem técnicas que podem ser usadas durante o tratamento quimioterápico para reduzir e prevenir a queda capilar.

A alopecia, nome científico da queda de cabelo, é um dos efeitos colaterais mais aparentes da quimioterapia e pode acometer o couro cabeludo, sobrancelhas, cílios e demais pelos corporais.

A seguir, entenda mais sobre a relação entre quimioterapia e queda de cabelo e também o que ocorre quando o tratamento oncológico é finalizado. Hoje, abordaremos especificamente os seguintes temas:

  • Qual a relação da quimioterapia e queda de cabelo?
  • Como evitar a queda de cabelo durante a quimioterapia?
  • O cabelo volta a crescer normalmente após o tratamento?
  • Alopecia persistente.

Continue a leitura e saiba detalhadamente sobre cada um dos pontos citados.

Qual a relação entre quimioterapia e queda de cabelo?

Muitas pessoas desconhecem, mas a ingestão de diferentes medicamentos pode resultar na queda de cabelo chamada de eflúvio telógeno, que é quando substâncias da composição do medicamento alteram o ciclo capilar, fazendo com que fios na fase de crescimento (anágena) entrem simultaneamente na fase de queda.

A relação entre quimioterapia e queda de cabelo é muito semelhante ao eflúvio telógeno, mas em proporções maiores, em decorrência da maior potência dos quimioterápicos. Nesses casos, as substâncias interrompem a divisão celular dos folículos pilosos e causam a alteração no ciclo capilar.

A queda de cabelo decorrente da ação dos quimioterápicos ocorre entre duas e três semanas após o início da terapia, mas a intensidade da queda de cabelo vai variar de acordo com o tipo de medicação, a dosagem, a via de administração, a frequência das sessões e outros fatores.

Entre as medicações que costumam aumentar a relação entre quimioterapia e queda de cabelo incluem-se: ciclofosfamida por via endovenosa, epirrubicina, doxorrubicina, docetaxel e etoposide.

Com os folículos sob efeito dos quimioterápicos, pode-se observar o crescimento de fios velus, que são finos e enfraquecidos, o que pode continuar brevemente após o fim do tratamento, de forma que haja uma relação um pouco mais prolongada entre quimioterapia e queda de cabelo.

Como evitar a queda de cabelo durante a quimioterapia?

Atualmente, já é possível prevenir a queda de cabelo durante a quimioterapia, utilizando uma técnica chamada de Scalp cooling ou resfriamento do couro cabeludo.

Durante a sessão quimioterápica é usada uma touca ligada a um equipamento responsável por manter o couro cabeludo resfriado. As baixas temperaturas contraem os vasos sanguíneos, reduzindo a circulação no local e fazendo com que os quimioterápicos não cheguem às células foliculares.

Devido à menor exposição do folículo piloso aos quimioterápicos, o que também se deve à redução do metabolismo dessas células devido ao frio, a queda de cabelo durante a quimioterapia é significativamente menor.

Um estudo publicado na Journal of the American Medical Association (JAMA) conclui que das pacientes em tratamento quimioterápico para câncer de mama submetidas ao Scalp cooling, 66,3% delas conseguiram preservar o cabelo e não precisaram recorrer a próteses capilares.

O cabelo volta a crescer normalmente após o tratamento?

Uma das principais dúvidas entre a relação da quimioterapia e queda de cabelo refere-se ao que acontece depois do tratamento oncológico, se o cabelo volta a crescer e como.

Após o final das sessões de quimioterapia, o cabelo volta a crescer entre 3 e 6 meses, sendo mais fraco e fino no início.

Estima-se que 65% dos pacientes com perda de cabelo devido à quimioterapia apresentem alterações na textura ou na cor do cabelo que volta a crescer.

Isso ocorre porque os melanócitos e os queratinócitos presentes nas células foliculares ainda estão em recuperação após a exposição continuada aos quimioterápicos, o que resulta em um fio de textura, cor e espessura diferentes do normal.

Em geral, após cerca de um ano os cabelos voltam a crescer como antes, pois os folículos se recuperam.

Alopecia persistente

Em alguns casos, entretanto, ocorre a chamada alopecia persistente ou permanente, que é quando o paciente não recupera a densidade capilar em até seis meses após o final do tratamento quimioterápico.

Geralmente, essa manifestação é difusa, com fios finos que crescem em partes do couro cabeludo.

Portanto, há uma relação direta entre quimioterapia e queda de cabelo, e o acesso à informação e tratamentos preventivos são fundamentais para dar suporte emocional aos pacientes oncológicos.

Entre em contato e tire suas dúvidas sobre esse e outros assuntos de dermatologia.

Fonte:

Dra. Nídia Lima.