A acne ocorre quando as glândulas secretoras de óleo estão inflamadas, levando ao desenvolvimento de espinhas, cravos, cistos e caroços
A acne é uma condição inflamatória de pele que se manifesta quando os folículos pilosos ficam obstruídos por células mortas e sebo, provocando assim o desenvolvimento de cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. Esta é uma condição bastante comum na puberdade, sendo induzida pelo início da produção de hormônios masculinos e femininos, e tende a se resolver espontaneamente na maioria dos casos.
Existem pessoas, entretanto, que sofrem com acne mesmo durante a vida adulta, o que pode afetar drasticamente sua autoestima, qualidade de vida e até mesmo relações interpessoais. É mais comum que as espinhas e cravos da acne se manifestem em regiões do corpo como rosto, peito e costas (onde a quantidade de glândulas sebáceas é maior), mas o problema também pode afetar outras áreas.
Quais são os tipos de acne?
Em geral, a acne é classificada em graus, que levam em consideração as lesões apresentadas e a gravidade da condição:
- Acne grau I: apresenta apenas cravos, sem espinhas;
- Acne grau II: manifesta-se com cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas;
- Acne grau III: cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas e bastante inflamadas;
- Acne grau IV: cravos, espinhas, pequenas e grandes lesões císticas, múltiplos abcessos e cicatrizes irregulares.
A acne mais comum é a que se desenvolve durante a adolescência, sendo geralmente classificada entre os graus 1 e 2. Isso ocorre porque a puberdade faz com que os níveis hormonais se elevem, estimulando as glândulas da pele a produzir mais óleo e favorecendo a concentração deste sebo nos folículos pilosos. Como consequência, os folículos ficam obstruídos, acumulando bactérias e desenvolvendo inflamações.
Crianças e adultos mais velhos também podem apresentar acne. Nesses casos, a condição pode estar relacionada a diversos fatores que aumentam a oleosidade da pele, tais como:
- Alterações hormonais;
- Uso de anabolizantes;
- Estresse;
- Exposição a determinadas substâncias.
Como pode ser realizado o tratamento da acne?
O tratamento da acne é focado principalmente em reduzir a produção de óleo e a inflamação, além de acelerar a renovação celular. Isso pode ser feito a partir de diversas maneiras, e o método mais adequado varia conforme o grau do problema e as particularidades de cada pessoa. Casos mais simples podem controlados a partir de uma limpeza adequada com sabonetes, esfoliantes e demais dermocosméticos específicos.
Quando a acne se apresenta em graus mais elevados (a partir do grau 2), pode ser recomendada a administração de medicamentos antibióticos, anticoncepcionais para melhor controle dos hormônios e até mesmo outros fármacos que atuam na inibição da produção de sebo pelas glândulas sebáceas.
A realização de procedimentos dermatológicos também pode auxiliar bastante no controle da acne e suavização das cicatrizes. Entre os mais recomendados, estão:
- Preenchimento com ácido hialurônico;
- Peeling químico;
- Dermoabrasão e microdermoabrasão;
- Uso de laser e radiofrequência;
- Microcirurgias.
Importância do acompanhamento de um dermatologista no tratamento da acne
Embora seja um problema bastante comum, é fundamental que a acne seja avaliada e tratada por um dermatologista. Este profissional pode auxiliar não apenas na melhoria estética da condição, mas na preservação da saúde da pele, evitando o agravamento do problema e a formação de cicatrizes.
A acne não é uma alteração médica considerada séria, mas é importante se consultar com um especialista para controlar a condição de maneira adequada, sem prejuízo à autoestima e bem-estar das pessoas. Cabe a este profissional avaliar as características da pele do paciente e identificar o grau do problema, apontando assim o melhor tratamento para cada caso.
O uso inadequado de produtos e medicamentos pode prejudicar seriamente a pele do paciente, gerando efeitos colaterais também para outros órgãos do corpo. Por isso, é fundamental que a administração dessas substâncias seja sempre orientada e acompanhada por um dermatologista.
No caso específico do uso de medicamentos para controle da produção de oleosidade, é importante sempre considerar que a substância é metabolizada pelo fígado. Por isso, seu uso não é recomendado para pessoas que apresentam doenças hepáticas e nem para gestantes ou mulheres que estão amamentando. Apenas um dermatologista poderá avaliar os benefícios e contraindicações do uso dos medicamentos.
Cuidados com a pele para evitar a acne
Quem sofre com acne deve seguir todos os cuidados recomendados pelo dermatologista. Para quem deseja prevenir o problema ou favorecer o tratamento orientado pelo especialista, é possível adotar alguns cuidados no dia a dia que ajudam na manutenção da saúde geral da pele e aprimoram também a saúde geral.
Entre os principais cuidados indicados, estão:
- Higienizar a pele suavemente, sem exageros;
- Evitar a exposição solar desprotegida;
- Não cutucar ou espremer as espinhas e cravos;
- Lavar as mãos com frequência, evitando tocar o rosto desnecessariamente;
- Embora não exista nenhum estudo comprovando a relação entre acne e alimentação, é recomendado adotar uma rotina alimentar adequada, cuidando também da hidratação do organismo.
Para saber mais sobre o assunto e descobrir a melhor forma de tratar a acne, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Nídia Lima.
Fontes: