A lesão causada pela micose pode se apresentar com uma variedade de características que são apropriadamente avaliadas por um dermatologista
A micose é uma doença causada pela proliferação excessiva dos fungos em diversas áreas do corpo, principalmente na pele, mucosas, couro cabeludo e unhas. Como esses quadros podem ser causados por uma infinidade de fungos, é fundamental que o diagnóstico da micose seja feito por um dermatologista, o médico mais preparado para prescrever o tratamento. Caso contrário, a doença pode permanecer ativa por tempo prolongado, tornando-se difícil de controlar ou até causando complicações sistêmicas.
Tipos de micose
São centenas as micoses que podem acometer o ser humano, mas as principais micoses superficiais – lesões da pele, unhas, mucosas e couro cabeludo – estão descritas abaixo.
Pitiríase versicolor
Essa é uma micose mais prevalente nos jovens e adultos do que em crianças e idosos. A pitiríase versicolor costuma ser assintomática e notada apenas após exposição solar, que faz com que as lesões cutâneas se tornem visualmente evidentes principalmente pela coloração, que podem ser amarronzadas, rosadas e brancas. Por esse motivo também é chamada de “micose de praia”, mas sua proliferação não se restringe a esse ambiente, podendo estar associada a qualquer ambiente ensolarado.
Tinhas ou Tineas
A lesão causada pelos fungos do gênero Tinea é a representação mais clássica da micose de pele, pois geralmente se manifesta como uma placa arredondada, rosada, descamativa e de bordas bem definidas. Porém, algumas espécies desse fungo podem, também, causar lesões com características totalmente diferentes, que dificultam o diagnóstico por um médico generalista ou causam agravamentos, como coleções purulentas e queda de cabelo (alopecia) definitiva. Quanto à localização da Tinha, não é possível citar uma só, pois é uma micose que pode ocorrer nos pés, barba, couro cabeludo, tronco, genitálias e diversos outros locais.
Candidíase
A proliferação da Candida albicans, fungo que habita naturalmente a região oral e vaginal, pode se disseminar para as unhas, mucosas e outras áreas de pele quando há um desequilíbrio imunológico. Essa redução da imunidade pode ser causada por doenças crônicas ou agudas (incluindo o diabetes), em pacientes que utilizam muito antibiótico ou até mesmo devido à umidade ocasionada pelo uso de roupa íntima de tecido sintético.
Onicomicose
É a infecção fúngica que ocorre nas unhas, produzindo alterações na espessura e coloração, podendo ser causada por diferentes tipos de fungos. A maioria das espécies que causam essa micose é exógena, ou seja, está presente no ambiente, principalmente na terra e em madeiras podres, e por esse motivo é mais comum de ocorrer nas unhas dos pés.
O que causa a micose?
A micose é causada por fungos que se multiplicam e geram lesões de variadas formas e graus de gravidade. Naturalmente, o corpo humano é colonizado por diversas espécies de fungos, mas quando há algum desequilíbrio no sistema imunológico ou na higiene de algumas regiões, esses microrganismos podem se proliferar e desencadear as micoses.
Sinais e sintomas
A micose superficial pode se manifestar das mais variadas formas, mas o mais comum é que as lesões tenham:
- Alteração de cor (embranquecida ou rosadas);
- Formação de placas elevadas;
- Descamação;
- Coceira.
Porém, vale repetir que a micose pode se expressar das mais variadas formas, de tal maneira que qualquer lesão de pele deve ser diagnosticada e tratada por um dermatologista.
Como tratar a micose?
Por ser uma doença causada por um microrganismo vivo, a micose deve ser tratada com remédios que combatam tais agentes infecciosos, seja de uso tópico (local) ou sistêmico. De forma geral, os medicamentos antifúngicos atuam de duas formas: paralisando o fungo e causando sua morte.
Porém, assim como ocorre com as bactérias, cada espécie de fungo é mais afetada por um tipo de remédio do que por outro, além do tempo de tratamento também ser diferente. Por isso, é fundamental que o médico responsável pelo diagnóstico e tratamento da micose seja um dermatologista. Com a prática clínica da especialidade é possível identificar com mais facilidade o tipo de micose que está afetando aquela região e iniciar um tratamento direcionado.
Para saber mais sobre a micose, entre em contato com a Dra. Nídia Lima.
Fontes:
Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti