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Alopecia

Imagem ilustrativa de queda capilar

A doença afeta homens e mulheres, e pode se apresentar em diferentes tipos, com diferentes causas e graus

A alopecia é uma doença que afeta a saúde do cabelo e causa queda anormal dos fios, podendo se manifestar de diversas formas, desde queda de cabelo leve e temporária até queda de cabelo permanente e generalizada. Além disso, doenças autoimunes, traumas físicos ou emocionais, e até mesmo certos medicamentos podem desencadear diversos tipos de queda de cabelo.

O impacto psicológico da queda de cabelo pode ser significativo, afetando a autoestima e a qualidade de vida do indivíduo. Um diagnóstico preciso é essencial para determinar a causa do problema e indicar o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos, tratamentos tópicos ou procedimentos médicos específicos.

Causas e sintomas da alopecia

A alopecia pode ser causada por fatores genéticos, mas, em alguns casos, sua causa é desconhecida. Seus sintomas podem variar dependendo do tipo específico da condição. O couro cabeludo e a área da barba são os mais afetados, mas qualquer região pilosa pode ser acometida. Quando a perda de pelos afeta todo o corpo, a condição é chamada de “alopecia universal”.

Os sintomas mais comuns da alopecia, são:

  • Queda de cabelo: sintoma primário, independentemente do tipo de alopecia;
  • Afinamento capilar: os cabelos podem ficar mais finos antes de cair, especialmente na alopecia androgenética;
  • Manchas calvas ou falhas: áreas específicas sem cabelo no couro cabeludo ou em outras partes do corpo;
  • Alterações na pele do couro cabeludo: pode haver vermelhidão, coceira ou descamação;
  • Sensibilidade ou dor: alguns tipos de alopecia, como a alopecia areata, podem causar sensações de dor ou sensibilidade no couro cabeludo;
  • Alterações nas unhas (alopecia areata): ondulações, depressões ou outras alterações nas unhas podem estar presentes;
  • Perda de cabelo em outras áreas do corpo: em casos mais graves, a alopecia pode afetar outras regiões além do couro cabeludo;
  • Cicatrizes (alopecia cicatricial): presença de cicatrizes no couro cabeludo.

Tipos mais comuns de alopecia

Estudos mostraram que existem vários tipos de alopecia, cada um com características distintas e causas específicas. Os tipos mais comuns incluem:

Alopecia androgenética (calvície masculina e feminina)

A alopecia androgenética é a causa mais comum de queda de cabelo, afetando aproximadamente 50% dos homens e 25% das mulheres aos 50 anos. Os sintomas geralmente começam na adolescência ou início da idade adulta.

Nos homens, a alopecia androgenética pode causar entradas e afinamento dos cabelos na parte superior da cabeça. Nas mulheres, ela pode causar afinamento dos cabelos em toda a cabeça.

Alopecia areata

Uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca erroneamente os folículos capilares, levando à queda abrupta de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo ou do corpo.

Ela ainda pode ser subdividida em duas formas mais graves:

  • Alopecia totalis — caracterizada pela perda completa de cabelo no couro cabeludo;
  • Alopecia universalis — caracterizada pela perda completa de cabelo e pelo em todo o corpo.

Alopecia cicatricial

Resulta da destruição irreversível dos folículos capilares devido a cicatrizes. Pode ser causada por inflamações, infecções ou lesões, levando à perda permanente de cabelo na área afetada.

Eflúvio telógeno

Uma condição temporária que ocorre quando muitos folículos capilares entram prematuramente na fase de repouso, levando à queda excessiva de cabelo. Pode ser desencadeada por eventos estressantes, cirurgias, mudanças hormonais ou dietas extremas.

Alopecia traumática

Resulta da manipulação excessiva do cabelo, como puxá-lo, torcê-lo ou usar penteados muito apertados. Essa forma de alopecia é, muitas vezes, reversível quando a causa é eliminada.

Alopecia por tricotilomania

A tricotilomania é um transtorno compulsivo que leva o indivíduo a arrancar os próprios cabelos, causando áreas de perda capilar.

Tratamento de alopecia

A alopecia afeta de 1% a 2% da população, podendo ocorrer em qualquer gênero e idade — embora em 60% dos casos o portador tenha menos de 20 anos. Cada tipo de alopecia requer uma abordagem específica, e é fundamental consultar um profissional especialista para o diagnóstico e tratamento adequados.

Na maioria dos casos, a alopecia pode ser prevenida ou retardada eliminando os fatores de risco e administrando certos medicamentos. No entanto, há casos em que a alopecia pode ser resolvida somente com um transplante capilar.

De modo geral, o tratamento medicamentoso pode incluir:

  • Combinações de fármacos de aplicação oral ou injetável no couro cabeludo;
  • Utilização de medicamentos que inibem o processo de queda de cabelo;
  • Uso de Difenciprona para desviar o foco da inflamação da alopecia no folículo.

Recomendações e prevenção

A alopecia pode ser prevenida com uma dieta saudável e balanceada contendo todos os nutrientes. Além disso, para prevenir a alopecia por tração, que é muito comum, os pacientes devem evitar manter os cabelos presos por longos períodos, assim como o uso de produtos químicos, ajudando a manter os fios saudáveis.

É importante frisar que o tratamento de alopecia necessita de acompanhamento médico especializado, por isso é recomendado que o paciente que possui a condição não busque nenhuma cura ou medicamento “milagroso” por conta própria, pois podem ocorrer efeitos colaterais graves.

Consulte um dermatologista se observar os seguintes pontos que necessitam de atenção:

  • Queda de cabelo mais rápida e em grandes quantidades nos últimos meses;
  • Couro cabeludo com vermelhidão e muita coceira ou calor;
  • Oleosidade acima do normal;
  • Vestígios de caspa nas roupas e nos cabelos.

Com o acompanhamento especializado, é possível controlar os sintomas da alopecia e melhorar a qualidade de vida do paciente por meio do tratamento adequado de acordo com o estágio da doença.

No caso da alopecia areata, não existe cura definitiva, pois é uma doença autoimune. No entanto, é possível controlar os sintomas por meio de acompanhamento com um dermatologista e realizar o tratamento adequado de acordo com o estágio da doença e características do paciente.

Caso apresente algum dos sintomas aqui mencionados, busque ajuda médica.

Se você deseja saber mais sobre alopecia, entre em contato com a Dra. Nídia Lima e agende uma consulta.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Dermatologia

MSD Manuals

Biblioteca Virtual em Saúde