Exposição prolongada ao sol é a principal causa do câncer de pele. Proteção contra os raios solares é a melhor forma de prevenir a doença.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e no mundo, com 27% dos tumores malignos do país. Ele é provocado pelo crescimento descontrolado das células da pele por conta da exposição excessiva e sem proteção ao sol.
Em um país ensolarado como o Brasil, é preciso redobrar os cuidados e ficar atento aos sintomas da doença para realizar um diagnóstico precoce. Além da exposição aos raios solares, existem outros fatores de risco para o câncer de pele:
- Possuir histórico da doença na família;
- Ter pele e olhos claros;
- Ter vitiligo;
- Realizar tratamento com medicamentos imunossupressores.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Os casos mais comuns no Brasil são de câncer de pele do tipo não melanoma, de baixa mortalidade, mas que podem causar deformações.
Carcinoma basocelular (CBC)
Esse é o tipo de câncer de pele mais prevalente e surge em regiões do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, orelhas e costas. O CBC tem baixa letalidade e pode ser curado quando diagnosticado precocemente. O carcinoma basocelular tem esse nome porque aparece nas células basais, a camada mais profunda da epiderme, e se caracteriza por uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta, que pode sangrar facilmente.
Carcinoma espinocelular (CEC)
O carcinoma espinocelular aparece nas células escamosas e pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas as mais comuns são as áreas expostas ao sol com mais facilidade. O CEC deixa a pele enrugada e se manifesta como machucados com dificuldade de cicatrização e sangramentos ocasionais.
Melanoma
Apesar de menos frequente entre os cânceres de pele, o melanoma é o mais letal. Porém, as chances de cura superam os 90% quando a doença é diagnosticada de forma precoce. O melanoma se caracteriza pela presença de pintas, manchas ou sinais em qualquer parte do corpo, inclusive nas mucosas. Essas alterações podem mudar de cor, formato e tamanho, por isso é importante procurar um dermatologista caso note esse tipo de lesão na pele.
Identifique os sinais
O câncer de pele se manifesta por meio de lesões avermelhadas, brilhantes, translúcidas, castanhas, róseas e uma crosta central que sangra facilmente. Outros sinais são pintas de cor preta ou castanha que mudam de cor, forma e tamanho.
Uma regra indicada por dermatologistas pode ajudar a identificar qual o tipo de câncer de pele está se manifestando. Se trata da ABCDE, que avalia os seguintes pontos:
Assimetria
- Simétrico: benigno.
- Assimétrico: maligno.
Bordas
- Regulares: benigno.
- Irregulares: maligno.
Cor
- Acima de 2 tons: maligno.
- 1 cor: benigno.
Diâmetro
- Superior a 6mm: provavelmente maligno.
- Inferior a 6 mm: provavelmente benigno.
Evolução
- Cresce e muda de cor: provavelmente maligno.
- Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno.
Vale lembrar que somente o dermatologista pode confirmar o diagnóstico de câncer de pele, inclusive com a realização de biópsia.
Como tratar o câncer de pele?
Existem diversos tratamentos para o câncer de pele, que vão depender do grau e do tipo da doença. O procedimento cirúrgico é o mais adotado na maioria dos casos e os mais comuns são:
- Curetagem e eletrocauterização;
- Cirurgia excisional;
- Criocirurgia;
- Cirurgia Micrográfica de Mohs;
- Terapia Fotodinâmica (PDT).
Além da cirurgia, o médico pode ainda recomendar outros tipos de tratamento, que incluem quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
Como prevenir o câncer de pele?
A melhor forma de prevenir o câncer de pele é evitar a exposição solar. As medidas de proteção indicadas pelos especialistas são:
- Evitar exposição excessiva ao sol entre 10h e 16h;
- Utilizar bonés, óculos de sol, camisetas e fotoprotetores;
- Fazer uso de protetor solar com FPS de 30, no mínimo, e aplicar o produto a cada duas horas quando estiver em atividades ao ar livre;
- Não utilizar câmaras de bronzeamento artificial;
- Procure observar a pele para verificar a presença de manchas ou pintas suspeitas.
Para saber mais informações sobre o câncer de pele, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia;