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Hiperidrose

Imagem ilustrativa

Suor excessivo em pés, mãos e axilas é o principal sintoma da doença

As pessoas que são acometidas pela hiperidrose costumam apresentar sudorese em excesso, principalmente em regiões como as palmas das mãos, as plantas dos pés e as axilas. Essas partes do corpo são afetadas com mais facilidade por possuírem grandes quantidades de glândulas sudoríparas, que são responsáveis pela produção do suor.

No texto a seguir, você vai entender tudo sobre essa condição.

O que é hiperidrose?                                                

Esse quadro se dá quando o suor — necessário para regular a temperatura do corpo — ocorre de maneira exacerbada em certas regiões do corpo, podendo estar relacionado a fatores genéticos, aparecendo de forma espontânea no organismo, ou como consequência de medicamentos.

Normalmente, a condição costuma dar indícios ainda na puberdade, período em que o organismo começa a produzir maiores níveis de testosterona e progesterona. Essas alterações hormonais também podem resultar, por exemplo, nos quadros de hiperidrose atrelados à menopausa.

Sinais e sintomas da hiperidrose

Pessoas acometidas pela hiperidrose costumam apresentar sinais específicos, como:

  • Suar até mesmo em repouso;
  • Apresentar excesso de suor em determinadas regiões do corpo;
  • Sua excessivamente em pontos incomuns, como virilha e mãos;
  • Ter a pele úmida e roupas constantemente manchadas;
  • Ter a pele avermelhada ou inflamada;
  • Após estímulos emocionar, ter os sintomas intensificados.

Tipos de hiperidrose

Existem dois tipos de hiperidrose: primária focal e secundária generalizada. Esse primeiro tipo é genético, quando pessoas da mesma família também sofrem com a condição. Tem início na infância ou adolescência, geralmente afetando as mãos, os pés, as axilas, a cabeça ou o rosto.

Influenciado por questões emocionais, em situações de ansiedade, estresse, medo ou angústia, o paciente tende a ficar mais nervoso, produzindo suor excessivo e em maior quantidade. Em casos assim, a sudorese em abundância só desaparece quando a pessoa dorme.

A hiperidrose secundária generalizada, por sua vez, se dá por conta de distúrbios hormonais, doenças neurológicas ou até mesmo efeitos colaterais de remédios. Nesse tipo, que normalmente surge na vida adulta, o suor toma conta de todas as áreas do corpo (inclusive de áreas incomuns ao suor), e, diferente do primeiro tipo, não cessa durante o sono.

Causas da hiperidrose

Essa condição acomete de 1% a 5% da população brasileira, e pode ocorrer devido a uma resposta exagerada do cérebro a estímulos emocionais ou afetivos, além de também surgir devido ao histórico familiar da doença e como reação a certos medicamentos, como mencionado anteriormente.

Essa hiperfunção glandular também pode ocorrer devido a estímulos externos, como exposição solar excessiva ou prática de atividades físicas intensas e exaustivas.

Diagnóstico da hiperidrose

A fim de diagnosticar o quadro, podem ser realizados dois tipos de exames, o amido-iodo e o teste de papel. Conheça-os a seguir:

  • Amido-iodo: uma pequena quantidade de solução de iodo é aplicada em pontos do corpo que apresentam suor, durante determinado tempo. Após a secagem, o amido é levemente inserido sobre as zonas. A combinação iodo + amido + suor resulta em uma cor azul escura. Com o exame, observa-se a quantidade de suor e também de onde e em que pontos este costuma ser mais eliminado.
  • Teste de papel: coloca-se um papel absorvente em alguns pontos da pele do paciente. Depois de um determinado tempo, esse papel é removido e pesado para observar a quantidade de suor eliminada naquele ponto do corpo.

Tratamento de hiperidrose

Antes de tudo, é necessário um diagnóstico preciso, indicando se a hiperidrose é primária ou secundária. Com o quadro adequadamente identificado, o paciente segue para os tratamentos direcionados, como:

  • Antitranspirantes: desodorantes com hidróxido de alumínio são responsáveis por formar uma camada na superfície da pele, impedindo o excesso de suor. Importante ressaltar que nem todos os desodorantes são antitranspirantes. O desodorante comum tem como finalidade reduzir o cheiro, mas não impede a saída do suor. Já o antitranspirante, que é feito à base de alumínio, impede a transpiração, além de contribuir para a diminuição do odor.
  • Iontoforese: técnica utiliza eletricidade para desligar temporariamente a glândula do suor. É mais eficiente para a transpiração das mãos e dos pés. Agentes ionizantes são aplicados na pele afetada, com corrente elétrica. Quando adentram a pele, os íons reduzem pouco a pouco a transpiração no local. As sessões duram de 10 a 15 minutos e são realizadas de 2 a 3 vezes por semana. Conforme o tempo, a frequência das sessões fica quinzenal ou mensal.
  • Medicamentos: drogas anticolinérgicas colaboram na inibição da estimulação das glândulas sudoríparas. Aqui, os betabloqueadores ou benzodiazepínicos podem ajudar a reduzir a transpiração relacionada ao estresse. Porém, mesmo sendo eficazes para alguns pacientes, raramente são indicadas.
  • Toxina botulínica purificada tipo A: é utilizada para paralisar as glândulas sudoríparas. Pode ser injetada nas axilas, nas mãos ou nos pés, bloqueando temporariamente a sudorese, de 6 a 8 meses.
  • Curetagem / lipossucção: alguns casos de hiperidrose axilar podem ser amenizados com raspagem ou lipossucção das glândulas sudoríparas e da gordura que está abaixo da pele da axila.
  • Laser: a energia luminosa do aparelho reduz o tamanho das glândulas sudoríparas. Consequentemente, diminui a sudorese.

Cirurgia de hiperidrose

Caso os tratamentos não proporcionem melhoras, a última alternativa é uma intervenção cirúrgica. A simpatectomia torácica endoscópica (STE) é indicada para casos graves que não tenham respondido aos procedimentos clínicos.

A cirurgia é executada por um cirurgião torácico ou vascular, e consiste em um procedimento no qual o sinal que avisa o corpo para suar excessivamente é desligado. Isso ocorre através de um corte no nervo que estimula as glândulas que produzem suor, eliminando o problema pela raiz. Essa cirurgia é comumente indicada para casos de sudorese excessiva nas palmas das mãos ou nas plantas dos pés.

Há uma possível complicação que chamamos de hiperidrose compensatória. Como já dito no próprio nome, é compensatória porque o corpo vai procurar outras formas de regular a temperatura, sendo provável que o paciente comece a transpirar em locais onde não transpirava antes.

Qual médico procurar e quando?

Ao notar suor excessivo em qualquer região do corpo, é importante procurar imediatamente um profissional de dermatologia. Mas lembre-se: a sudorese que se espalha largamente por todas as partes do corpo também pode ser sinal de câncer, infecção ou doença endócrina.

Para mais informações sobre essa ou outras doenças, entre em contato com a Dra. Nídia Lima. Agenda uma consulta.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Manual MSD

Rede D’Or