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Psoríase: causas, sintomas e tratamento

Imagem ilustrativa de mulher coçando o braço com psoríase

Condição que afeta a pele é crônica e impacta a vida do portador, mas não é contagiosa

A psoríase é uma doença inflamatória que afeta a aparência da pele, impactando significativamente a qualidade de vida de quem a porta. Conheça mais sobre essa doença que acomete cerca de 3% da população mundial.

O que é psoríase?

A psoríase é uma doença autoimune, ou seja, é causada por uma reação do sistema imunológico contra as próprias células da pele. Normalmente, as células da pele se renovam a cada 28 dias, no entanto, em casos de psoríase, este processo é acelerado, levando a um acúmulo de células mortas na superfície da pele, o que acaba resultando nas placas típicas da doença. A psoríase pode se manifestar em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas áreas de maior atrito, como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e unhas.

Sintomas da psoríase

Os sintomas da psoríase podem variar conforme o tipo e a gravidade da doença, mas os mais comuns são:

  • Placas vermelhas e espessas na pele, cobertas por escamas brancas ou prateadas;
  • Coceira, ardor ou dor nas lesões;
  • Pele seca e rachada, às vezes com sangramento;
  • Unhas grossas, amareladas, quebradiças e/ou com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
  • Inflamação e rigidez nas articulações;
  • Em casos mais graves, a destruição e deformidade das articulações.

Tipos de psoríase

Existem diversos tipos de psoríase, que se diferenciam pelo aspecto, localização e extensão das lesões. São elas:

Psoríase em placas

Este é o tipo mais comum, que afeta cerca de 80% dos pacientes. As lesões são avermelhadas, espessas e descamativas, e podem aparecer em qualquer parte do corpo.

Psoríase gutata

Mais frequente em crianças e adolescentes, caracteriza-se por pequenas lesões em forma de gota, que surgem após uma infecção bacteriana, como a faringite estreptocócica.

Psoríase invertida

É o tipo que afeta as áreas de dobras da pele, como axilas, virilha, nádegas e seios. As lesões são vermelhas, lisas, brilhantes, e podem ser acompanhadas de fissuras e infecções fúngicas.

Psoríase pustulosa

Trata-se do tipo mais grave, pois se manifesta por lesões com pus que podem cobrir todo o corpo ou se limitar às palmas das mãos e plantas dos pés. Esse tipo de psoríase pode causar febre, calafrios, desidratação e alterações nos níveis de cálcio no sangue.

Psoríase eritrodérmica

É o tipo mais raro, que se caracteriza por uma inflamação generalizada da pele, que fica vermelha, quente e descamativa. Tal tipo de psoríase pode comprometer a função de barreira da pele, levando à perda de líquidos, infecções e alterações na temperatura corporal.

Psoríase artropática

Este tipo de psoríase, que se manifesta nas articulações, causa fortes dores, geralmente ao iniciar o movimento da articulação, e tende a melhorar com o movimento contínuo. Pode causar rigidez progressiva e até deformidades permanentes, além de poder afetar qualquer articulação do corpo, inclusive a coluna vertebral.

O que causa a psoríase?

A causa exata da psoríase ainda não é conhecida, mas se sabe que existem fatores genéticos e ambientais envolvidos. A psoríase é mais comum em pessoas que têm familiares com a doença, o que indica uma predisposição hereditária. Além disso, existem alguns fatores que podem desencadear ou agravar a psoríase, como:

  • Infecções, especialmente as bacterianas e virais;
  • Estresse físico ou emocional;
  • Traumas ou irritações na pele, como cortes, queimaduras, picadas ou arranhões;
  • Medicamentos, como anti-inflamatórios, betabloqueadores, lítio e antimaláricos;
  • Fumo, álcool e drogas;
  • Alterações hormonais, como na puberdade, gravidez e menopausa;
  • Exposição excessiva ou inadequada ao sol.

Diagnóstico da condição

O diagnóstico da psoríase é feito por meio da avaliação clínica das lesões na pele, além da avaliação do histórico do paciente. Em alguns casos, é necessário realizar uma biópsia para uma análise mais aprofundada, além da realização de exames de sangue e de imagem para avaliar a presença de possíveis inflamações, anemia, alterações nos níveis de cálcio e acometimento das articulações.

Qual é o tratamento da psoríase?

Há diversas formas de tratamento para a psoríase. Entre eles, estão:

  • Tratamento tópico com uso de medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele – podem ser usados em conjunto com outras terapias ou isoladamente, em casos de psoríase leve;
  • Tratamento sistêmico administrados via oral ou injetável, como comprimidos, cápsulas ou injeções;
  • Tratamento fototerápico por meio de exposição controlada da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica;
  • Tratamento por meio de imunossupressores administrados por via oral ou por injeção;
  • Tratamentos biológicos com medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase

Recomendações para lidar com a psoríase

Para que o paciente possa conviver com a condição, é preciso seguir algumas recomendações, como, por exemplo:

  • Manter a pele hidratada para evitar ressecamento excessivo e contribuir para o surgimento de novas lesões;
  • Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso de cigarros;
  • Evitar o desgaste emocional, pois o estresse é um fator de grande importância no aparecimento de novas lesões;
  • Visitar regularmente um dermatologista e seguir as orientações para melhor controle das crises de psoríase.

Prevenção da condição

Como dito anteriormente, a psoríase está relacionada com fatores genéticos, de modo que o paciente possui essa tendência para desenvolver a condição. No entanto, é possível que ela se manifeste, ou não, ao longo de sua vida.

O surgimento das lesões da psoríase depende dos impactos dos hábitos de saúde da pessoa, principalmente quando a condição aparece na fase adulta, a partir dos 40 anos.

Por isso, é importante manter uma vida saudável, com alimentação balanceada, sem excessos, evitando o desencadeamento da condição, além de se manter atento aos sinais da doença. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure um dermatologista imediatamente, pois, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.

Vale lembrar que a psoríase não é contagiosa, e sim uma alteração genética. Por isso, não é preciso se afastar de tudo e de todos. Isso pode comprometer o estado emocional e agravar o quadro.

Se você deseja saber mais sobre essa e outras doenças, ou tirar suas dúvidas, entre em contato com a Dra. Nídia Lima e agende uma consulta.

Fontes:

Dra. Nídia Lima

Manual MSD