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Rosácea

Imagem ilustrativa

Doença dermatológica tem como principal característica uma inflamação crônica da pele

A rosácea pode aparecer no queixo, no nariz, na testa e nas bochechas. A doença é mais comum nas mulheres, e um fato que chama atenção é que, quando afeta homens, costuma desenvolver quadros mais graves.

Como supracitado, a rosácea geralmente acomete peles brancas, mas pessoas de pele negra também podem ter, ainda que estes casos sejam raros.

O que é rosácea?

Rosácea é um distúrbio da pele facial — com períodos de remissão —, que causa vermelhidão e/ou pequenas espinhas e deixa vasos sanguíneos visíveis.

A condição é mais comum entre pessoas de pele branca, na faixa etária de 30 aos 50 anos de idade, e atinge milhares de cidadãos em todo o mundo. Em alguns casos, a rosácea chega ao couro cabeludo dos pacientes.

Tipos de rosácea

Existem variados tipos da doença, sendo provável que se apresentem de maneira simultânea:

  • Rosácea eritemato-telangiectásica (subtipo 1): quando o quadro apresenta eritema (vermelhidão) e telangiectasias (pequenos vasos dilatados à superfície da pele). Normalmente surge no nariz, nas maçãs do rosto e, com menos frequência, no queixo e nas orelhas.
  • Rosácea papulopustulosa (subtipo 2): são espinhas com ou sem pus bem parecidas com acnes; o que difere é a ausência de cravos abertos ou fechados.
  • Rosácea fimatosa (rinofima) (subtipo 3): neste tipo, as pessoas doentes têm um aumento de certas áreas da face, como, por exemplo, um nariz maior e deformado.
  • Rosácea ocular (subtipo 4): os olhos são acometidos e ficam irritados e vermelhos. O problema ocular surge em quase todos os casos de pacientes com rosácea.

Causas da rosácea

A principal causa ainda é desconhecida, mas há uma tendência individual, mais comum entre brancos e descendentes de europeus, que pode ser de base genética.

Alterações hormonais, como na gravidez, podem provocar inflamação na pele. Muita exposição ao sol, alimentos condimentados, álcool e bebidas quentes também podem desencadear, assim como protetor solar, estresse emocional, clima frio ou quente, vento e cosméticos.

Sintomas da rosácea

A pele é mais sensível e seca, começando a ficar frequentemente vermelha. Ácidos e produtos dermatológicos acabam irritando a derme com bastante facilidade.

Essa vermelhidão (eritema) tende a ficar permanente. Vasos finos (telangiectasias), pápulas e pústulas, que lembram a acne, surgem, podendo ocorrer edemas e nódulos.

Constantemente, sintomas oculares aparecem, indo do olho seco e sensível à inflamação nas bordas palpebrais (blefarite). Na fase que antecede a rosácea, há eritema discreto na face, que piora com surtos de duração variável, surgindo espontaneamente ou pela ação dos fatores mencionados.

Pouco a pouco, os acontecimentos podem ficar frequentes e até permanentes. Variando de pessoa para pessoa, um sintoma pode ser mais forte que o outro.

Sinais e sintomas característicos:

  • Flushing facial: picos de sensação de vermelhidão e calor na pele;
  • Telangiectasias: aumento de pequenos vasos permanentes;
  • Persistente eritema facial;
  • Papulopustulosa: podem ocorrer nódulos; as pápulas podem, vez ou outra, quando numerosas, formar placas granulomatosas (rosácea lupoide, um caso mais raro);
  • Rinofima: tamanho irregular e lobulado da pele do nariz, dilatação folicular, levando ao aumento e à deformação do nariz;
  • Alterações oculares: acontecem na maioria dos casos (irritação, ressecamento, blefarite, conjuntivite e ceratite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico clínico é baseado na característica da inflamação, por tanto, não existem testes ou exames específicos. A idade do paciente e a falta de comedões (cravos, lesões de acnes) podem confirmar a rosácea — em vez de acne.

Fatores de piora e agravamento da rosácea

Existem alguns fatores que são espécies de gatilhos para pacientes acometidos pela doença, como:

  • Temperaturas (quente ou fria);
  • Vento;
  • Cafeína;
  • Comida apimentada;
  • Álcool.

Quais são as opções de tratamento para rosácea?

Não há cura para a condição, mas existem tratamentos e maneiras de controlá-la. Tudo depende da fase clínica que o paciente se encontra. É necessário entender se apresenta mais o eritema periódico ou o persistente, ou se há mais pápulas, nódulos ou rinofima (hipertrofia do nariz).

O tratamento começa com sabonetes adequados, protetor solar com forte proteção contra UVA e UVB e uso de antimicrobianos tópicos (metronidazol e ivermectina). Após esta fase inicial, pode haver a necessidade do uso de derivados de tetraciclina (doxiciclina e outros) orais. Em casos persistentes ou recidivantes, indica-se isotretinoína oral em dose baixa.

Há tratamentos tópicos para o eritema periódico, como o laser ou a luz pulsada. Ambos são de grande importância para o tratamento das telangiectasias. Para casos de rinofima, a abordagem pode ser cirúrgica, por radiofrequência ou por laser. Fica a critério do dermatologista avaliar o grau, a fase e o estado de saúde do paciente para indicar o melhor procedimento.

Fontes:

Manual MSD

Dra. Nídia Lima

Sociedade Brasileira de Dermatologia