Todo tipo de tintura, por conter substâncias químicas, pode prejudicar os fios. Conheça cada um deles antes de optar pela mais adequada
Um levantamento feito pelo Target Group Index, vinculado ao Ibope, indicou que 26% da população brasileira usa tintura para cabelo, e as mulheres representam 85% deste total.
Se você se está dentro desse grupo e é daquelas pessoas que adoram mudar o visual e estão sempre investindo na mudança de tonalidade dos cabelos, é preciso atenção.
As tinturas são muitos comuns, mas merecem cuidados e atenção especial para não prejudicar os fios e o couro cabeludo. Existem diferentes tipos de tinturas, mas todos possuem substância químicas e podem prejudicar os cabelos.
Conheça os diferentes tipos de tinturas para o cabelo e quais danos eles podem causar!
Tinturas permanentes
São soluções à base de amônia e água oxigenada. Este tipo de tintura penetra no fio do cabelo e acaba mudando a cor de maneira permanente. É o tipo de tintura mais indicado aos cabelos brancos e grisalhos, pois o pigmento é permanente, cobre os fios em sua totalidade e não sai com as lavagens. Para quem está certa sobre a nova cor, a coloração permanente é a melhor opção, devido à sua maior duração, mas é preciso que a aplicação seja feita com atenção, pois pode manchar os fios. Quem usa esse tipo de tintura só precisa retocar a raiz quando os cabelos vão crescendo. A desvantagem do produto é deixar os fios mais ásperos e secos, causando assim um dano intenso aos cabelos, além de poder causar alergia por conta da parafenilenodiamina (PPD) presente em sua formulação.
Tinturas semipermanentes
Também chamadas de tonalizantes, são pigmentos que tingem os fios por cerca de até doze lavagens. Este tipo de tintura é mais usado apenas para escurecer os fios, nunca clarear. Aplicada nos fios úmidos, penetra apenas na camada externa dos cabelos. Dentre os tipos de tinturas disponíveis no mercado, as semipermanentes são livres de amônia, o que as torna menos agressivas aos fios, porém, desbotam com mais facilidade do que as tintas permanentes e precisam de retoque a cada, aproximadamente, 20 lavagens.
Tinturas temporárias
Não penetram em nenhuma camada do fio e geralmente duram apenas uma lavagem. Normalmente são utilizadas por adolescentes e jovens, que aplicam cores extravagantes nos fios — como azul, rosa e verde —, sem o intuito de modificar o tom natural das madeixas. Este tipo de tintura, em geral, causa menos reação alérgica ou dermatites de contato. São de fácil aplicação e não agridem o cabelo. Um exemplo de tintura temporária são aquelas em forma de spray colorido, que saem na hora da lavagem, ou aquelas usadas para disfarçar os fios brancos.
Descolorantes
A função desses produtos é retirar a melanina do fio, parcial ou integralmente. É o que ocorre em procedimentos como luzes, reflexos ou mechas. O produto dissolve a melanina do fio e clareia o pelo, de acordo com o tempo de aplicação. Porém, além do alto risco de manchar os fios, há o ressecamento excessivo, dois danos que comprometem a saúde da fibra capilar.
Gradual
Também conhecida por coloração progressiva, é uma preparação que contém sais de chumbo, prata, cádmio, bismuto, níquel, cobre e estanho. Estes elementos combinam com o enxofre do cabelo, formando uma capa em torno do fio. Escurecem o cabelo progressivamente com a ação do oxigênio do ar, nas repetidas aplicações. Um exemplo desse tipo de tintura é o Grecin 2000. Porém, por possui metais pesados em sua composição, este tipo de tintura pode provocar intoxicação caso seja utilizada em concentrações superiores às preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dentre todos estes tipos de tinturas citados, a que menos agride os fios é a tintura temporária. Já o que mais prejudica os cabelos são os descolorantes.
Independentemente do tipo de tintura escolhido para a sua necessidade, é preciso ter alguns cuidados após o procedimento para manter a saúde dos fios. Os principais são:
- Faça hidratações semanais;
- Utilize shampoos e cremes antiquebra;
- Evite a utilização de escovas e chapinhas;
- Dê um intervalo entre uma aplicação e outra de tintura.
Se você tem alguma dúvida sobre o tipo de tintura mais adequado para a sua necessidade, ou se tem apresentado alguma alteração nos fios ou queda de cabelos, agende uma consulta com a Dra. Nídia Lima, dermatologista e tricologista.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia;
Veja Saúde;
Dermatologista e tricologista Dr. Nídia Lima.